quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Mexilhão dourado se alastra no Pantanal

Espécie exótica, o mexilhão dourado é uma invasora agressiva e ameaça a integridade dos ecossistemas aquáticos da região.

A última coleta de dados do projeto de pesquisa desenvolvido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Pantanal dentro do Programa para Controle do Mexilhão Dourado, identificou dois novos pontos com presença do molusco exótico (isto é, não nativo) na região. Um deles fica na baía Uberaba, conectada ao rio Paraguai, e o outro no rio Cuiabá, próximo à foz no rio Paraguai.

Limnoperna fortunei
A pesquisadora da Embrapa Pantanal (Corumbá-MS), Márcia Divina de Oliveira explica que a densidade de mexilhão dourado (Limnoperna fortunei) encontrada nos dois locais é diferente. "A baía Uberaba apresenta maior densidade com uma população instalada e relevante. A foz do rio Cuiabá, próximo ao Parque Nacional do Pantanal, por sua vez, tem uma densidade mais baixa, com uma população em início de colonização", acrescenta Márcia.

Limnoperna fortunei
Para ela, esses dados comprovam que a presença do mexilhão dourado no rio Paraguai será permanente, pois a baía Uberaba é a maior do Pantanal, constituindo-se num reservatório de larvas da espécie. Além disso, a presença do molusco na foz do rio Cuiabá evidencia sua dispersão nos principais rios afluentes da bacia do Alto Paraguai, como vem ocorrendo nos rios Miranda e Apa. Eles foram levados para essas localidades por embarcações de maior porte, em cujos cascos os moluscos adultos se fixam. A navegação é a principal forma de dispersão entre rio
Paraguai e afluentes.

Limnoperna fortunei
Segundo Márcia, o mexilhão dourado ameaça a integridade dos ecossistemas aquáticos pantaneiros, pois ocupa o espaço físico e coloniza as conchas de espécies nativas, trazendo perdas para a biodiversidade aquática. Ele também provoca mudanças na estrutura das comunidades aquáticas, desde algas até peixes. Acredita-se que os mexilhões chegaram ao continente sul-americano trazidos na água de lastro de navios de origem asiática, especialmente dos rios da China.


Fonte: Embrapa

1 comentários:

Erika disse...

será que consigo comentar?

vc recebeu meu email?

beijos

www.oncoto.erikamurari.com.br