sábado, 16 de junho de 2007

Ciência

Desmatamento ameaça 300 tipos de peixes, alerta estudo

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A população de peixes da mata atlântica, assim como toda floresta, está em declínio. O desmatamento, aliado à silvicultura, à mineração e à ocupação humana, ameaça as mais de 300 espécies que vivem nos pequenos riachos e grandes rios do bioma, de acordo com o livro Peixes de Água Doce da Mata Atlântica, lançado no última dia 12 de junho em São Paulo.

Crenicichla lacustris

A obra é resultado do trabalho de 30 anos de pesquisadores do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (USP). Ela traz uma listagem de todos os peixes de água doce da mata atlântica, a maioria de pequeno porte: são 309 espécies, das quais 267 são endêmicas, ou seja, só ocorrem nesse bioma. Delas, 49 estão oficialmente ameaçadas de extinção, conforme as listas vermelhas da União Mundial para a Natureza (IUCN) e do Ibama.

Characidium lanei

O estado de alteração do bioma é tão grande que, sem ação imediata de proteção, boa parte vai desaparecer?, explica o principal autor do livro, Naércio Aquino Menezes. ?Eles são indicadores preciosos da qualidade da água. Segundo Menezes, a incidência mais alta desses animais se concentra em áreas protegidas.

Leptolebias aureoguttatus

O corte das árvores tem impacto direto na saúde dos peixes. Isso porque uma vegetação mais rala reduz a quantidade de alimento, especialmente insetos, para os peixes. Além disso, há um superaquecimento das águas, pois seu guarda-sol natural não está mais disponível. A temperatura mais alta, além de promover mortandade, pode atrapalhar o ciclo reprodutivo dos animais, por alterações em processos químicos na água.

Simpsonichthys constanciae

As regiões em que os peixes foram mais afetados estão no Nordeste, entre Natal (RN) e o sul da Bahia - ainda que todos os rios e riachos onde ocorria a mata atlântica tenham sofrido impactos. Segundo levantamento da ONG SOS Mata Atlântica, restam apenas 7% da vegetação original em todo o País.

Scleromystax macropterus

Fonte: O Estado de S. Paulo.

Fotos: MZUSP / Internet

quarta-feira, 6 de junho de 2007

Ciência

Nova espécie de peixe é encontrada em igarapé do Amazonas

05 de junho de 2007.

MANAUS- Após duas expedições feitas na Bacia do rio Urucu, distante de Manaus 600 km, biólogos do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) descobriram uma nova espécie de peixe ornamental do gênero Corydoras pertencente à família dos Callichthyidae. De acordo com o biólogo, Luciano Montag (MPEG), os coridoras são conhecidos como peixes gato, com armadura e são exclusivos da América do Sul. A espécie foi encontrada entre mais de 5 mil exemplares já coletados pelo grupo de pesquisadores. Ela, geralmente, atinge cinco centímetros e sempre procura comida no fundo dos rios e igarapés. A descrição da nova espécie está sendo realizada pela equipe de ictiologia do MPEG e pelo pesquisador Marcelo Britto do Museu Nacional do Rio de Janeiro.Em relação à descoberta, o pesquisador falou que ela revela a importância de se manter a integridade dos recursos hídricos da região Amazônica, sendo um dos fatores determinantes para a conservação das comunidades de peixes. Para Marcelo, a quantidade de amostras coletadas ainda não é satisfatória.“Temos algumas estimativas que ainda poderão ocorrer o aparecimento de várias outras novas espécies. Nessa fase, foram analisados 15 trechos com extensão de 20 metros de igarapés”, ressaltou. As análises do material coletado vão permitir traçar um perfil da qualidade biótica de igarapés na BPGPM. A intenção é verificar de que forma as ações da retirada de material vegetal para a abertura de clareiras, para extração de petróleo e gás natural, agem sobre a ictiofauna de igarapés da região.



Fonte: INPA- JK